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Dor Crônica e Espasticidade: Um novo olhar para os desafios terapêuticos

Esclerose Múltipla e Dor: Evidências no uso de canabinoides para suporte aos sintomas

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória, crônica e autoimune do sistema nervoso central, que afeta a mielina e os axônios, levando a uma variedade de sintomas motores, sensoriais e cognitivos. Entre os desafios clínicos mais comuns estão a dor crônica e a espasticidade — sintomas que comprometem significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Com a evolução das pesquisas na área da medicina canabinoide, os canabinoides surgem como uma alternativa terapêutica complementar no suporte a esses sintomas, com base científica crescente e promissora.

Dor e espasticidade na Esclerose Múltipla: um desafio clínico

Estudos indicam que até 80% dos pacientes com EM relatam dor em algum momento do curso da doença, sendo a dor neuropática uma das manifestações mais frequentes. Além disso, a espasticidade, caracterizada por rigidez muscular involuntária e tônus anormal, está presente em mais da metade dos casos, afetando diretamente o movimento, o sono e o bem-estar funcional.

Esses sintomas muitas vezes não respondem plenamente aos tratamentos convencionais, o que reforça a importância da busca por abordagens complementares com eficácia comprovada.

Como os canabinoides atuam no controle da dor e da espasticidade?

O sistema endocanabinoide (SEC), que participa da regulação de funções como dor, humor, sono e resposta inflamatória, é um alvo terapêutico relevante na EM. Compostos como o canabidiol (CBD) e o tetraidrocanabinol (THC), em formulações equilibradas, têm demonstrado potencial na modulação da dor e na redução da espasticidade.

Os mecanismos propostos envolvem a ativação dos receptores CB1 e CB2, que atuam na inibição da liberação de neurotransmissores excitatórios, redução da inflamação neurogênica e promoção de relaxamento muscular.

Evidências clínicas e diretrizes atuais

Uma revisão sistemática publicada na Cochrane Database of Systematic Reviews (Mücke et al., 2018) concluiu que há evidência de qualidade moderada para o uso de canabinoides no controle da dor neuropática crônica em adultos, incluindo pacientes com EM.

Além disso, um estudo publicado no periódico Neurology (Zajicek et al., 2012) avaliou a eficácia do uso de extratos orais de cannabis e observou redução significativa da espasticidade relatada por pacientes com EM, com perfil de segurança considerado aceitável.

Outra revisão relevante (Koppel et al., 2014), promovida pela Academia Americana de Neurologia, aponta que os canabinoides podem ser eficazes no alívio da dor central e espasticidade, especialmente quando os tratamentos convencionais não são bem tolerados ou eficazes.

Posicionamento clínico e considerações práticas

A Health Meds acompanha de perto o avanço das evidências científicas em torno do uso de canabinoides em doenças neurológicas como a EM. Embora não substituam terapias imunomoduladoras, os canabinoides representam uma estratégia complementar com foco na melhora funcional e no conforto do paciente.

A indicação deve ser individualizada, sempre com acompanhamento médico especializado, avaliação de riscos e monitoramento de efeitos terapêuticos e adversos.

Conclusão

A dor neuropática e a espasticidade são componentes críticos da Esclerose Múltipla e impactam diretamente a qualidade de vida dos pacientes. Os canabinoides, especialmente a combinação de CBD e THC, têm se mostrado uma alternativa segura e eficaz no suporte a esses sintomas, quando prescritos de forma responsável.

Com base nas evidências atuais, a medicina canabinoide se consolida como uma aliada importante na prática clínica, oferecendo novas possibilidades no cuidado integrado de pacientes com Esclerose Múltipla.

Referências:

  • Mücke, M. et al. (2018). Cannabinoids for chronic neuropathic pain in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews, (3), CD012182. https://doi.org/10.1002/14651858.CD012182.pub2

  • Zajicek, J.P. et al. (2012). Multiple sclerosis and extract of cannabis: results of the MUSEC trial. Neurology, 79(10), 1–8.

  • Koppel, B.S. et al. (2014). Systematic review: efficacy and safety of medical marijuana in selected neurologic disorders. Neurology, 82(17), 1556–1563.

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